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Entre o Aqui e o Ali..

A vida faz-nos querer estar em muitos sítios. Ansiamos por amanhã mas desejamos ser ainda ontem.. Queremos ficar aqui mas ao mesmo tempo que sonhamos já estar ali... É a incerteza que nos conduz pela estrada, cheia de curvas, até ao futuro!!

Entre o Aqui e o Ali..

A vida faz-nos querer estar em muitos sítios. Ansiamos por amanhã mas desejamos ser ainda ontem.. Queremos ficar aqui mas ao mesmo tempo que sonhamos já estar ali... É a incerteza que nos conduz pela estrada, cheia de curvas, até ao futuro!!

Fácil e rápido!

Sempre ouvi dizer que deveríamos comer mais peixe que carne, mas nem sempre tal correspondia à realidade das refeições lá de casa. O belo do peixinho aparecia sempre ao fim-de-semana, mas se começarmos a fazer contas como nos pedia o nosso amigo Guterres, o fim-de-semana são 2 dias e a semana 5. Mesmo assim ele aparecia..


Já tinha olhado para elas outro dia no congelador lá de casa, mas com a falta de tempo que ultimamente me tem afastado da cozinha, estava constantemente a adiar o dia em que iria cozinhá-las - as filetes de peixe-espada iam ser cozinhadas.

Miraculosamente consegui chegar a casa a horas decentes para cozinhar. Abri o congelador e pensei "não me apetece nada do que aqui tenho" mas foi então que as vi, lá ao fundo como que a querer fugir mais um dia da panela.

Lançei-me ao trabalho, e apos cebolas e alhos picados, azeite, pimenta e noz-moscada, louro e ervas aromáticas dentro da frigideira coloquei tudo ao lume para alourar, enquanto temperava os filetes que se iam juntar ao refogado minutos mais tarde. Uma vez todos cozinhados era a altura de colocar as batatas palha que tanto caracterizam um prato tão apreciado por nós.. Bate os ovos, temperei-os com sal e salsa, e misturei tudo dentro da frigideira.. Minutos depois, os suficientes para secar os ovos, tínha uma refeição maravilhosa à minha espera - "Peixe-Espada à braz". Fácil, rápido e bastante leve.. Bom apetite..

 


PS: "Estás a cozinhar o quê?" "Peixe-Espada à braz.." "Tu e o «á braz». Devias escrever um livro: Mil e uma maneiras de fazer comida à braz." :)

Vai ser nesta..

 

 

Desde pequena que sonho com um casamento de princesa.. um vestido de princesa..um carro de princesa e até uma passeira vermelha que me fizesse sentir uma princesa no passeio da fama..

Mesmo antes de me ser feito um maravilhoso e emocionante pedido de casamento tinha comentado com o F. "Não vou casar na Igreja aqui da terra.. Não consigo sentir nenhum conforto ali dentro e,..., não tem passadeira vermelha."

 

Decidimos: vamos casar na Igreja do Montijo. É onde actualmente moramos, é a meia distância do noivo e da noiva e parece-nos simpática (por fora.. dado que ainda não tínhamos entrado nela para ver como era por dentro).

Passaram 10 meses desde esse dia, e até sexta-feira ainda não a conhecia. O peso na consciência já se apoderava de mim.. Pensava que este era mais um pecado que vou ter que confessar ao Sr. Padre. Queria muito ter passado lá antes, para ver como era, para rezar um pouco (sim, também gosto de rezar pois faz-me sentir confortada, que alguém naquele momento está a olhar para mim e a ouvir as minhas preces..).

 

Na sexta-feira saía da paróquia. Tinha que ir lá entregar a certidão para casamento católico preparada no cartório, mas por motivos de férias da senhora responsável ficou sem efeito. Pensei vou passar pelo largo e ver se a Igreja está aberta. E não era que estava mesmo? Como que a completar o pensamento um lugar para estacionar mesmo perto da entrada. Entrei e sentei-me. Por momentos detive-me a contemplar o espaço. Depois rezei. No fim, em silêncio comigo mesma apercebi-me que estava confortada, que estava calma como se o mundo lá fora não se apresentasse a confusão habitual, o stress das profissões, a tristezas dos problemas e das doenças.. Pensei Sinto-me mesmo bem aqui, e estou tão contente por ter escolhido esta Igreja para um dos dias mais felizes da minha vida. Não tem passadeira? Não sei.. mas irei contornar a questão..


Sempre disse que o Montijo era uma terra que me era totalmente indiferente. Apesar de cá ter nascido, fui registada no Ribatejo na terra dos papás. Nunca pensaria em viver nesta cidade junto a uma ponte que rapidamente nos conduz a Lisboa. Hoje vejo que o destino me trocou as voltas: cá nasci, cá estou a morar, e cá vou casar.. Como diz o provérbio "O bom filho a casa torna" e cá estou eu.

Abraço..

Não sei bem porquê, mas sempre fui uma pessoa carente de abraços... Quando vejo a minha familia e os meus amigos os simples beijos não me confortam, e é a necessidade de algo mais que me faz abraçar todos aqueles de quem gosto e de quem sinto saudades..

Não me lembro bem quando foi o primeiro abraço que demos... mas sei precisamente o local e que foi intenso.. tão intenso que me fez apaixonar naquele instante..

 

Soube a conforto, a amizade e a companheirismo, mas principalmente soube a amor.. E ambos sabemos que foram esses abraços que nos uniram ao longo destes anos e que nos enchem de paixão sempre que precisamos de a exprimir.. Não que tenhamos falado muito sobre isso, mas lá no fundo ambos sabemos que foi por isso que nos apaixonámos..

No outro dia, carente de um abraço, perguntei-te "lembras-te porque me apaixonei por ti?" Sem resposta, aninhaste-me nos teus braços e eu voltei a estar novamente naquela estação dos comboios, num dia de Inverno, com um casaco branco e com o mesmo pensamento "Quero ter este abraço junto de mim para sempre..."