Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Entre o Aqui e o Ali..

A vida faz-nos querer estar em muitos sítios. Ansiamos por amanhã mas desejamos ser ainda ontem.. Queremos ficar aqui mas ao mesmo tempo que sonhamos já estar ali... É a incerteza que nos conduz pela estrada, cheia de curvas, até ao futuro!!

Entre o Aqui e o Ali..

A vida faz-nos querer estar em muitos sítios. Ansiamos por amanhã mas desejamos ser ainda ontem.. Queremos ficar aqui mas ao mesmo tempo que sonhamos já estar ali... É a incerteza que nos conduz pela estrada, cheia de curvas, até ao futuro!!

Castelo de Sonhos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Está a fazer um ano. Procurava alguém que me conseguisse preencher as dúvidas na altura do casamento. Alguém que conseguisse criar o convite que tinha pensado, que tinha demorado tanto tempo a imaginar e tanto tempo a chegar a uma conclusão.

A pesquisa fora intensa e sabia que havia muito poucos convites em forma de passaporte. Muito poucos mesmo. Ainda tentei fazer. Pesquisar imagens. Textos. Formatos. Mas nada me parecia agradar. Decidi que haveria de ter que os comprar, e que para isso teria que pedir a alguém para os fazer. Até porque "tempo" sempre foi uma palavra bastante escassa no meu dicionário.

Pedi orçamentos. Mas sempre com aquele receio do compromisso. Do dizer que sim, depois não gostar e não conseguir dizer que não. Mas parece que a sorte estava do meu lado e me conduzia para o centro do país. Praticamente todas as pessoas com quem falei não tinham convites em forma de passaporte. "Se o seu tema è viagens, não gostava mais se fosse um bilhete de avião, ou um bilhete de cruzeiro?" "Não obrigada, preferia mesmo o passaporte". Houve duas ou três que me disseram que poderiam fazer uma proposta. Que depois podia analisar e ponderar, sempre sem compromisso. Mas só uma conquistou o pedacinho da minha confiança, acalmou os meus ânimos de noiva nervosa e caminhou comigo, passo por passo, tecla por tecla, até ao meu dia. E ela tem o nome de Mi.

 

A primeira vez que falei com ela, sempre a tratar-me por você, pensei que seria uma senhora mais velha. Talvez 35 ou 40 anos. A delicadeza das suas palavras para abordar os detalhes era fantástica. "Se quiser pode adicionar-me no msn, não sei se tem. E podemos falar melhor sobre os pormenores do convite". E este foi o primeiro passo para uma amizade que construímos. E foi aí que descobri que a Mi. era apenas um ano mais nova que eu!

 

Também a Mi. teve o seu dia. Passou um mês desde então. Não que queira aqui falar sobre ele. Não. O dia de casamento é pessoal, e só cada noiva sabe o que sentiu. Os arrepios de alegria. As lágrimas de felicidade. Os sorrisos intermináveis. Os formigueiros na barriga que sentimos cada vez que nos lembramos de cada momento. Mas sei que a Mi. vai fazê-lo. E também sei que temos medo que, ao falar/escrever sobre esse dia fantástico, que ele se esfume da nossa imaginação. Porque foi um dia fantástico e eu pude comprová-lo. A noiva estava linda e noivo estava de um romantismo estônteante. As lágrimas e as alegrias foram imensas e correu tudo tão bem, que apetecia repetir de novo!

 

Hoje a Mi. é uma amiga, uma grande amiga. Que me atura (quase) todos os dias. E a quem eu ouço o maiores disparates. Que adora ginásio mas que não tem tempo (tal como eu) para o visitar regularmente. Que por vontade dela e da cara metade, passavem grande parte do tempo a visitar castelos. Que tem um sorriso enorme e uma alegria contagiante. E que rapidamente, num momento mais tristonho, consegue soltar uma gargalhada seguida da repetição contínua "olha a nuvem negra que paira sobre ti.. Olha, olha a nuvem negra". É inevitável estar bem disposto junto dela. Mas se for preciso, também rapidamente deixamos cair uma lágrima, pois cada situação que a Mi. vive, vive-a de forma tão intensa que consegue transparecê-la para o outro lado do monitor.

 

À Mi. e ao C. desejo que aprendam tudo o que é possivel numa vida a dois. Sejam os carinhos e os momentos de paixão, mas também as discussões e as zangas, pois são elas que nos conduzem diariamente a viver em casal, ceder de parte a parte, construir um lar.E sejam felizes por muitos e longos anos.... Seja num Castelo Mediaval, num palácio de principes e princesas. Numa mansão de reis e rainhas. Ou simplesmente no conforto do vosso Castelo de Sonhos!! Uma casa pequina que é o vosso coração.

 

De mãos dadas!

 

Elotopia.net

 

Lembro-me como se fosse hoje. Rompiam as 17H30. Lá fora a chuva caía miudinha. Após uma manhã de aulas, a tarde avizinhava-se ser de trabalho - sociologia na família. E foi depois de muitas horas de roda de folhas e mais folhas, livros, trabalhos antigos e opiniões variadas, concordantes e discordantes, que ele surgiu.

Foi o primeiro beijo, mas ainda hoje se fechar os olhos consigo senti-lo. Consigo saber exactamente como e onde começou. As palavras que disseste a seguir, o que os teus olhos quiseram transmitir e aquilo que a tua vontade te impelia a fazer. Deixámo-nos assim. Na dúvida. Na ansiedade. Na esperança de uma noite curtinha e de um dia seguinte bastante longo. Na vontade de estar e mais estar.

As semanas seguintes foram preenchidas de grandes sentimentos. Confusos. Contraditórios. Intensos. Horas passadas na estação de comboios, com a imitação perfeita da gravação "Atenção senhores passageiros, o comboio sub-urbano com destino a Roma/Areeiro vai entrar na linha nº 4". Não importava que as horas passassem. Que o almoço se fundisse com o jantar. Importava que estivessemos juntos. O mais tempo possível.

Passados dois meses, foi numa viagem de comboio que me iria levar até casa, que soletraste "Queres namorar comigo? Sim! (sorrisos)". Rompiam as 17h30.

Podia tentar descrever o que foram estes 7 anos. De namoro. Como casal. De alegrias e tristezas. De conquistas e barreiras. De sofrimentos e felicidade. De lágrimas. De sorrisos. De abraços. De amor. De paixão. De cumplicidade e ajuda. De apoio e de alerta. De amizade. De sentimentos.

Dizem que 7 é o numero dos azares, mas eu espero que não. Espero que neste sétimo ano consiga chegar ainda mais longe contigo. E ainda mais rápido (sabes como!!).

Sei que à 7 anos não poderia ter dado outra resposta à tua pergunta, senão aquela. Que não poderia ter escolhido outro abraço, senão o teu. Que não poderia ter sorrido para outra pessoa, senão para ti. Que não poderíamos ter escolhido outro amor, senão o nosso.

Certeza tenho, que é a ti que quero dar a mão sempre que andarmos na praia, pois és o meu (D)amorado do Mar. Ontem. Hoje. Amanhã. E Sempre.

 

 

Ass: Alentejana, baixinha, rodas baixas, fofa (...) ou simplesmente Eu.