As vacinas... ai as vacinas!
Ontem foi dia de vacinas. O primeiro ano já passou e não podia adiar mais este momento (até porque a saúde tem de estar sempre em primeiro lugar). Até completarem o primeiro ano, os bebés recebem as vacinas sempre nas pernocas, mas após esse tempo são os braçitos que começam a sofrer as mazelas. Já me estava a imaginar como é que iria segurar o S., dada a energia que o gaiato tem todos os dias.
Mas eram inseguranças de mãe principiante, pois as enfermeiras que já perderam a conta ao número de crianças vacinadas indicaram no imediato qual a melhor forma de o segurar. O que não estava propriamente seguro era o meu coração. Sabia (calculava) que ele ia chorar imenso, pior que isso, sabia que ele iria entrar naquela espiral chora-tanto-que-deixa-de-respirar-e-fica-todo-roxo e tenho que quase dar-lhe um abanão para que volte a entrar ar naqueles pulmões.E não me enganei. E ainda pior que tudo isso, é que dadas as tipologias das vacinas, foram dadas duas - uma em cada braço, o que implicou passar pelo sufoco duas vezes.
E dói tanto (a nós mães) vê-los a soluçar, a olhar para nós com os olhinhos cheios de lágrimas como quem diz: "mamã, porque deixas que me façam isto..".
É neste momento que o tapete nos foge debaixo dos pés, e por momentos dei por mim a sentir-me uma má mãe por permitir que o meu doce chorasse daquela maneira. Felizmente o cérebro volta a funcionar minutos depois e conseguimos relativizar a situação, afinal a vacinação é um ponto fulcral, que não deve ser descuidado na vida de qualquer criança (e adultos também).
Para o mês que vem lá voltamos nós. Temos a Bexser e a Prevnar. Mais duas juntas..
Mãe sofre..