Do trabalho
Sempre trabalhei por conta de outrem (mesmo quando trabalhei para a família), já tive muitos tipos de patrões ao longo da minha carreira contributiva - bons, maus, assim-assim, prestáveis, intratáveis, atenciosos, egocêntricos e até desumanos - por isso consigo avaliar com alguma rapidez sempre que me surge um à frente. A maioria tem como objectivo ter sempre razão e mesmo quando não a têm, arranjam maneira de conseguir contornar a questão de modo a que o ónus da questão não fique nas suas mãos. A maioria puxa das suas cordas vocais e dos seus galardões sempre que encontro um erro, um deslize provocado por um dos funcionários. Esquecem a parte humana e encarnam a personagem do "lobo mau". Chego mesmo a considerar que a maioria dos chefes tem um gozo tremendo em encontrar erros, esquecimentos, falhas, atrasos (acho que fazem disso um objectivo quantificável) para logo no momento seguinte nos dizerem - está mal; tem aqui um erro; isso não está certo; não entregou a tempo. Enchem o ego e transmitem a sensação de vitória; mostram aquele sorrisinho (ou não) maquiavélico que traduzido significa - eu sabia que ias meter a pata na poça.
É por isto que estes chefes nunca conseguirão chegar a lideres. É por isso que este mundo não vai a lugar nenhum. Porque os chefes são em número bastante mais elevado que os lideres.
Bem que me apetecia torcer o pescoço a um chefe.. E era já!!!