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Entre o Aqui e o Ali..

A vida faz-nos querer estar em muitos sítios. Ansiamos por amanhã mas desejamos ser ainda ontem.. Queremos ficar aqui mas ao mesmo tempo que sonhamos já estar ali... É a incerteza que nos conduz pela estrada, cheia de curvas, até ao futuro!!

Entre o Aqui e o Ali..

A vida faz-nos querer estar em muitos sítios. Ansiamos por amanhã mas desejamos ser ainda ontem.. Queremos ficar aqui mas ao mesmo tempo que sonhamos já estar ali... É a incerteza que nos conduz pela estrada, cheia de curvas, até ao futuro!!

A gravidez (atrás da lente!)

O inicio do "nada mais será igual" deu-se através da lente da fantástica, simpática e carinhosa Joana Patita. A sua capacidade para nos colocar à vontade mostrou-se logo de inicio e bastaram alguns minutos para que conseguíssemos fotos fantásticas. Talento natural, diria eu, para alguém que fotográfa por paixão e por hobby e que o faz tão bem.

Queríamos fotos em que pudessemos ser transportados para o momento em que as tirámos. Sentir a mesma brisa fresca, os raios de sol na face. Ouvir os sons dos meninos que brincavam. As nossas gargalhadas. Sentir o nosso coração acelerado da emoção e da alegria que estávamos a sentir. Nós os 3, para a eternidade, nestas fotos que tanto nos dizem e que tanto amor nos trouxeram. E conseguimos.

Obrigada querida Joana. Ficarás para sempre no nosso coração. 

 

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Cheira a mar

O título deste post poderia perfeitamente ser: há coisas que o dinheiro não paga; e há coisas que sem dinheiro não se compram.

Hoje, aproveitei que o sol deu o ar de sua graça e, enquanto fazíamos companhia ao rei que se deslocava para o trabalho, levei o príncipe a passear para apanhar vitaminas solares. Fomos os 3 a pé praticamente quase até à porta e depois eu voltei para trás. Eu a empurrar o carrinho. O príncipe já a dormir.

E foi nesta volta que senti algo que adoro (e que quando um dia eu sair daqui, vou sentir imensa falta): o cheiro a mar; o cheiro a maresia que nos entra pela alma e refresca. Pensei - realmente há coisas que o dinheiro não paga. Não paga este cheiro que nos transfere para outro lugar, que convida a que fechemos os olhos (inspira.. expira..inspira...expira) e que deixemos que a acalmia tome conta do nosso ser, enquanto os nossos sentidos auditivos absorvem os sons - as gaivotas; a criança que corre; os velhotes no muro; o mar que rebenta na areia. 

Há coisas que o dinheiro não paga - como acordar e adormecer com as ondas; acordar pela manhã e sentir a brisa fresca, suave e com cheiro intenso a mar; almoçar perante este azul brilhante e poder percorrer a marginal com o sol a aquecer-nos o interior até ao local de trabalho.

Sim há coisas que o dinheiro não paga. Mas há tantas outras coisas que sem dinheiro não se compram (e que são tão fundamentais). É por todas estas coisas que precisamos que, com toda a certeza, um dia sairemos daqui. Porque agora somos 3 (e queremos um dia ser 4.. ou 5.. ou 6..); porque é preciso encontrar a "carreira" que ficou perdida algures entre Lisboa e o Alentejo; porque a "troika" ainda não saiu cá de casa; porque o pequeno príncipe está em crescimento e os filhos trazem com eles duas consequências - viver com o coração fora do peito para todo o sempre e ter sempre uma carteira aberta.

É por estas coisas (e por tantas, tantas outras) que uma dia teremos que deixar aquilo que o dinheiro não paga, para podermos pagar com dinheiro aquilo que a vida exige. 

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Projecto de vida

Tenho a certeza que nasci já a pensar em ser mãe. Dito isto, as pessoas podem pensar que enlouqueci, mas o meu desejo de ter filhos sempre foi tão forte, que qualquer criança, qualquer bebé, qualquer grávida, rapidamente me arrancava sorrisos e lágrimas. De emoção. De ansiedade. O meu relógio biológico começou a trabalhar tão, tão cedo.

 Quando casei aos 24 anos, pensei que daí a engravidar seria um pulo pequenino. Eu tinha o meu trabalho, o F. tinha o trabalho dele. Ambos certos. Ambos por muito tempo (pensávamos nós). Mas é quando alinhamos tudo para seguir em frente, que a vida nos mostra que, planos a muito longo prazo nunca são bons. É quando pensamos que estamos no caminho certo, que a vida nos diz que tem outros planos para nós.

Claro que numa análise mais fria das vidas humanas, (quase) toda a gente costuma dizer: oh, por mais que se espere pelo tempo certo, pelo emprego certo, pela idade certa, nunca chegamos ao "certo", pois não há uma hora certa para ter filhos. Nós não estávamos mesmo na hora certa e o nosso plano de vida foi adiado. E adiado. E ainda mais adiado. 

Mas os 29 estavam à porta, sendo que com 9 meses de gravidez, se me atrasasse muito, seria mãe depois dos 30. E esta matemática traiçoeira, que nos arrebata o coração e o cérebro, começou a criar em mim uma ansiedade acima do normal. E se não conseguíssemos? E se houvesse alguma incompatibilidade conosco? E se por estarmos envoltos em tanto stress, dificultasse o processo? Conhecemos tantos casais que passaram por isso.. e sabemos tão bem o que eles sofreram..

Não queria pensar assim. Falámos os dois. Eu e ele. E combinámos - nada de ansiedade, nada de pressão, nada de contar a toda a gente o que estamos a planear. Quando calhar, calhou. Quando ficar, ficou. Mas assim ninguém nos questiona com aquelas perguntas incomodativas e insensíveis. E eu queria pensar assim. Com calma. Sem stress. Sem ansiedade. Com confiança de que quando fosse a altura ideal, ela chegaria. Mesmo que o caminho fosse longo.

Mas o caminho não foi longo. Foram 2 meses que nos levaram ao auge da nossa felicidade.

Após 2 testes de gravidez, foi a consulta que nos arrebatou quando ouvimos aquele coraçãozinho acelerado. As lágrimas caíram. O silêncio e os sorrisos trocados entre nós transmitiam felicidade e irradiavam o nosso rosto. Estava ali o nosso propósito de vida. E só tinha pouco mais de 5cm.

A partir daquele momento, nada na vida iria ser igual. Será muito melhor. Pois agora somos 3. Eu, o F. e o nosso "coração fora do peito". 

O regresso.

Bem sei que faz imenso tempo que não escrevo. Poderia dar imensas justificações sobre o porquê, mas o que está para trás, lá ficou. E agora tenho fé e esperança que um novo horizonte se avizinhe para nós. Acredito que o sol vai brilhar, mesmo que seja tímido de iníco, mas havemos de vencer.

E eu necessitava mesmo deste regresso. 

Quantas voltas são precisas..

Hoje ao ouvir a nova música do Miguel Angelo dos Delfins, não consegui evitar a tristeza e os pensamentos acerca da vida.

Quando pensamos que nada mais nos poderá derrubar, eis que mais uma pedra nos é colocada no nosso caminho!!

 

Quantas voltas serão precisas a vida dar...

 

Fica a letra!!

 

Quantas voltas são precisas
Para escolher um só caminho?
E sentir que é meu para Sempre!
Quantas vezes, indeciso
Eu desisto de vencer
E decido ser prudente
Evitando o que é diferente.

 

É o tempo roubado à razão de existir
Um momento passado e perdido
É o Amor
Precioso

Um Destino traçado num mapa a Fingir
Um Futuro Distante, Iludido
é o Amor
Precioso

Quantas feridas são precisas
Para escorrer um sangue novo
E acender a chama ausente
Prometendo que é para Sempre!

Nunca parar...

 

Correr

 

 

E dado que queremos chegar a Setembro e fazer a meia-maratona, ontem foi dia de treinos.

 

12 Km de marcha rápida, numa bela tarde de segunda-feira. Sempre os dois, lado a lado. Com confiança de que o fim do esforço estava bem próximo.

 

E no final soube tão bem ver que fomos capazes de os fazer. E que vamos conseguir passar a Vasco da Gama em Setembro na meia maratona. Seja a correr ou a andar.

 

E vamos lá estar os dois com toda a certeza. Pois o objectivo é nunca parar..

 

Inspira e Expira

 

 

 

E há coisa pior que passar uma manhã inteira prolongada até ao almoço dentro de um hospital (mesmo que seja o Hospital da Luz que é todo XPTO, cheio de "minha senhora faça favor", "minha senhora piso 0"), a fazer análises, exames e mais exames??

 

Sim há.. É ter que voltar lá sábado novamente porque não as análises não foram todas feitas...

 

"Patience is a virtue" - Já diziam os antigos, e eu estou concentrada nessa paciência toda que há-de chegar por obra divina de modo a conseguir aguentar uma nova manhã. Eu sou uma resistente..


 

 

 

 

Ps: Dado que nem tudo é mau, a parte boa da dita manhã foi que tive sempre ao meu lado aquele que me aquece o coração todos os dias {#emotions_dlg.heart}

Tunísia..

Regressei da Tunísia com um sentimento estranho. Parece que num todo, não chegou para nada.. Vim das férias mais que cansada e com a sensação de não querer voltar.. Mas consigo atribuir este sentimento a uma causa específica: depois de um México exuberante e fantasticamente viciante, é difícil encontrarmos na Tunísia algo que nos encha as medidas.

 

Como dizia alguém (e até eu própria) a Tunísia é um país bem diferente, com culturas diferentes e comportamentos diferentes. Pessoas que não sabem o que são sacos plásticos (o pão era levado por um habitante que vagueava pelo passeio, debaixo dos sovacos... Não querendo tecer mais comentários sobre este aspecto, só de reflectir que a palavra "banho" era um pouco estranha para eles, facto justificável só pelo cheiro nauseabundo que os acompanhava.. Agora imaginem o estado do pão...), que têm uma simpatia um tanto ou quanto falsa (apenas e enquanto lhes é dado uma gorjeta), que conhecem o Figo, Cristiano Ronaldo, mas também a Catarina Furtado, a Marisa Cruz e até a Carolina Patrocínio (onde será que eles foram descobrir isto). São pessoas bastante persistentes com os turistas, mas não creio que sejam pessoas perigosas. Já sabem é a história toda, e temos de estar sempre de olho aberto.

 

O hotel era muito bom. Um Riu Palace Hammamet Marhaba não poderia desiludir, mas a realidade é que não teve o impacto que esperava. A comida para mim foi um pequeno problema, se não fosse a melancia, os crepes de chocolate e os gelados... Todo a outra comida, mesmo que de carácter internacional, tinha um sabor a determinado condimento (desconheço qual) que tornava quase todos os pratos iguais.A massa sabia ao mesmo do arroz, o arroz sabia ao mesmo das batatas assadas, e por aí adiante.

A piscina estava quase sempre vazia, e em volta dela muito se via pessoas mais velhas, algumas com filhos e outras com netos, mas não com aquela "genica" que os portugueses apresentam em tanto lado. A envolvência em termos de espaços é muito agradável: muita relva, muitas palmeiras; pontes e rios criados; castelos. A praia era bastante agradável, não fosse a chuva ter trazido as ondas e as algas que começaram a invadir o nosso espaço.

 

A Tunísia acabou por me deixar um vazio. A viagem de 28H de autocarro foi o bastante para me limitar na visita a qualquer outra localidade. Apesar de durante todas estas horas termos visto Oásis surgidos no meio do nada, junto de uma das maiores cadeias de montanhas que os separam da Argélia (e segundo eles, onde foi gravado a Guerra das Estrelas); passeado de charrete (15 minutos se tanto); visitado o maior templo do norte de África em El Jem; conhecido o maior lago salgado que neste momento está seco (culpa? terramotos que levam montanhas a fecharem as entradas do mar, sendo que a única água que perdura ali será a das chuvas abundantes de inverno); e por fim ter um cheirinho a deserto (só cheiro mesmo, porque acredito que o deserto a sério ainda estava um pouco longe) onde podemos andar nos nossos amigos camelos.

 

Mas algo trago de lá: só podemos falar no fim de conhecer.E descobrir sitios novos, culturas novas, opções religiosas diferentes acaba por nos henriquecer. Trouxe mais diversidade na minha bagagem. As férias souberam a muito pouco. O descanso não foi o suficiente.

 

Ficam algumas fotos de um sitio que considero que todos devíamos visitar, desde que nenhum de vós vá com as expectativas tão altas como as minhas; pois podemos ter alguma desilusão. Contudo, foi bom lá ter ido.